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------------------ Prevalência da Cirurgia de Transplante Renal no Brasil entre 2010 e março de 2020
Estudo Original
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OBJETIVO: Analisar a prevalência da cirurgia de transplante renal no Brasil no período entre 2010 e março de 2020. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo retrospectivo, do tipo quantitativo, cuja coleta de dados foi por meio do Registro Brasileiro de Transplante, publicado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). RESULTADOS: No período entre 2010 e 2020, 112 centros atuantes espalhados entre 21 estados do país realizaram 57.034 cirurgias de transplante renal, representando 29,5 cirurgias por milhão de população. De acordo com a ABTO, o doador pode ser classificado em doador falecido ou doador vivo, sendo que o vivo pode se dividir em três subtipos, sendo eles: parente, cônjuge e não parente. No período, foi evidenciado maior prevalência de doadores falecidos, com 76% dos casos, enquanto que, entre os doadores vivos, 80% dos órgãos foram captados de pessoas de mesmo parentesco e 13,2% de cônjuges. Neste ano, considerados os meses entre janeiro e março, foram realizadas 1.548 cirurgias, sendo São Paulo e Minas Gerais os estados com maiores taxas, com 521 e 166 casos respectivamente. Além disso, é importante ressaltar que em março de 2020, 24.859 pessoas estavam na lista de espera de um rim, sendo 302 crianças. CONCLUSÃO: De acordo com a pesquisa, esse tipo de transplante é o que apresenta a maior prevalência de pacientes na lista de espera. Isso é explicado pela elevada quantidade de pacientes portadores de doença renal crônica em fase avançada no Brasil que buscam o transplante como a melhor alternativa de tratamento, visto que ele promove uma melhor qualidade de vida e diminui o risco de mortalidade. Além disso, é importante salientar que, apesar de as taxas de cirurgia crescerem a cada ano, ainda há um grande déficit na concretização da doação de órgãos de potenciais doadores devido à recusa familiar, sendo necessárias melhorias nos processos de conscientização da população brasileira quanto à doação de órgãos.