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------------------ Uso de Hialuronidase na Prevenção de Trauma Perineal em Mulheres Nulíparas durante o Parto Vaginal: Uma Revisão de Literatura
Revisão de Literatura
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OBJETIVOS: Avaliar o uso de injeção de hialuronidase (HAase) na prevenção de trauma perineal em partos vaginais de mulheres nulíparas. MÉTODOS: Foram analisados ensaios clínicos controlados e randomizados, publicados originalmente em inglês, em humanos, nos últimos 10 anos, tendo como referência as bases de dados MedLine e Cochrane. Os descritores utilizados foram: “Hyaluronidase”; “Perineal Trauma”; “Nulliparous”. RESULTADOS: Foram identificados 10 artigos a partir da frase de pesquisa. Ao aplicar os critérios de inclusão citados, foram encontrados 4 artigos, os quais todos foram eleitos para elegibilidade. Dos 4, dois foram excluídos, porque suas pesquisas não contemplavam o objetivo desse estudo. Sendo assim, dois estudos foram incluídos no escopo dessa revisão. Primeiramente, o estudo de Kwon H et al. analisou 148 mulheres nulíparas, por um follow-up de 14 meses. As pacientes foram divididas em: grupo intervenção (injeção de HAase de 5000UI, n=75) e grupo controle (injeção salina normal, n=73). O estudo indica que não houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo controle e grupo intervenção em relação à laceração perineal (6,8% vs 10,7%; P=0,422). Sobre as lacerações perineais graves, não houve diferenças significativas entre os grupos (P=0,498). Colacioppo PM et al., por sua vez, avaliou uma amostra de 160 pacientes nulíparas, divididas igualmente em grupo controle (injeção placebo) e intervenção (injeção de 20000UI no períneo). O estudo indica que o trauma perineal grave não apresentou diferença estatisticamente significativa entre os grupos experimental e controle: 28,9% vs 38,8%, (P = 0,131). A integridade perineal não apresentou diferença estatisticamente significativa, 34,2% do grupo experimental vs 32,5% do grupo controle (P = 0,477). CONCLUSÃO: Embora mais estudos sejam necessários, sugere-se que injeções de HAase no parto vaginal, em mulheres nulíparas, não previne o trauma perineal. Portanto, essa intervenção deve ser evitada.