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------------------ Tratamento do Tromboembolismo Venoso em pacientes com Covid-19
Revisão de Literatura
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Objetivos: Revisar as evidências para o tratamento do Tromboembolismo Venoso (TEV), assim como as terapias em uso durante o cenário da pandemia da COVID-19. Métodos: Foi realizada uma busca na base de dados SciELO com o descritor “Tromboembolismo venoso e COVID-19”. Foram escolhidos 6 artigos do período de Mai 2020 a Jun 2020. Resultados: A infecção pelo SARS-CoV-2, apesar de apresentar amplo espectro clínico, tem cham atenção dos angiologistas e dos cirurgiões vasculares os sintomas relacionados à inflamação do sistema vascular e à hipercoagulabilidade que levam a manifestações, como o tromboembolismo venoso, além da relação entre a elevação do dímero-D (DD) e o mau prognóstico da doença, demonstrando uma associação entre o agravamento da inflamação sistêmica e o estado pró-trombótico resultante. O que se sabe, até o momento, é que tal infecção parece carregar potencial trombogênico aumentado, com repercussões em microcirculação pulmonar, podendo haver algum benefício, ainda a ser comprovado, da anticoagulação sistêmica. Alguns relatos de autores chineses sugerem a melhora clínica de pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 com o uso parenteral de anticoagulação, como a heparina de baixo peso molecular (HBPM). Entretanto, é importante ressaltar que, em se tratando de anticoagulantes, é necessário sempre avaliar o binômio risco/benefício, pesando a sua potencial eficácia: prevenção de trombose em microcirculação pulmonar e em território arteriolocapilar contra o risco de complicações, como o sangramento. Conclusões: É preciso cautela para não cair na panaceia do uso de anticoagulantes de forma desenfreada, na profilaxia e no tratamento do TEV em pacientes com COVID-19. Assim, na falta de embasamento através de ensaios clínicos multicêntricos, randomizados, duplos-cegos e controlados que atestam a evidência científica necessária, deve apoiar-se nas diretrizes existentes para o tratamento e profilaxia do TEV em pacientes clínicos, pois, são embasadas e validadas.