João Pedro Motter de Carvalho

Acadêmico de Medicina, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Isadora Senna Guimarães

Acadêmica de Medicina, Universidade de Uberaba

Luis Miguel Leuch

Acadêmico de Medicina, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Arthur Garani Narciso

Acadêmico de Medicina, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Walberth Gabriel Cardoso dos Santos

Acadêmico de Medicina, Universidade Federal do Delta do Parnaíba

Sérgio Anacleto Silva

Membro Titular da SBU, Professor da disciplina de Urologia, Faculdade de Medicina da Universidade de Uberaba

OBJETIVO: A lesão de isquemia reperfusão (LIR) é um evento inevitável em transplante de órgãos. O objetivo desse trabalho é demonstrar os principais meios de diminuir os danos causados por esse processo em rins transplantados. MÉTODOS: Revisão de literatura, em que foi feita uma busca na base de dados Pubmed (MEDLINE) utilizando os seguintes descritores: Reperfusion Injury AND Kidney Transplantation AND Ischemia. Foram encontrados 415 artigos, dos quais selecionou-se 14 para extração de dados e análise. Como critério de elegibilidade, foram incluídos estudos clínicos randomizados (ECR) que investigavam o efeito de uma estratégia de prevenção de LIR em comparação com um grupo controle em uma coorte de pacientes submetidos a transplante renal, além de um estudo com ratos. Os dados extraídos foram tipos de intervenção, métodos utilizados e resultados. RESULTADOS: Os estudos mostraram que o uso de agentes antioxidantes, principalmente a Superóxido Dismutase humana recombinante (rhSOD) e N-acetilcisteína (NAC), atenua o estresse oxidativo renal gerado após a reperfusão, resultando em redução significativa dos danos causados por LIR no rim transplantado. O estudo com ratos utilizou melatonina como agente administrado antes da nefrectomia, obtendo os mesmos resultados descritos acima. A administração de gases terapêuticos, como óxido nítrico (NO), gás carbônico (CO) e gás sulfídrico (H2S) mostrou-se, também, promissora na proteção dos transplantes renais, notadamente por modularem a inflamação. Além disso, o uso da perfusão por máquina hipotérmica, quando comparado ao tradicional armazenamento estático a frio, reduziu a taxa de função tardia do enxerto renal. CONCLUSÕES: Essa revisão de literatura procurou mostrar os principais meios de proteger os rins contra a lesão de isquemia reperfusão no contexto do transplante renal. Isso representa, potencialmente, as melhores soluções terapêuticas para mitigar esse processo e melhorar os resultados clínicos do transplante renal.