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------------------ Análise das internações por traumatismo intracraniano na região Nordeste: morbidade em âmbito regional.
Estudo Original
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OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico e a evolução dos casos de traumatismo intracraniano no Nordeste durante o recorte temporal de 2009 a 2019.MÉTODO: Estudo ecológico, descritivo, retrospectivo de delineamento quantitativo, a partir da abordagem dos dados secundários obtidos através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Foram analisados os critérios: estados, período, sexo e idade. RESULTADOS: Durante o período analisado, foram identificados 299.526 casos de internação por traumatismo intracraniano, sendo o Ceará o estado com mais casos, cerca de 24,6%, seguido da Bahia, com 23,6%,e do Pernambuco, com 17%, enquanto o menor registro foi visualizado em Sergipe, com apenas 2,6% dos casos. Entre os anos de 2009 e 2016, verificou-se um crescimento progressivo nos casos, com uma leve diminuição de 610 vítimas entre 2014 e 2015, e um declínio pouco expressivo de 1.501 casos ao todo entre 2016 e 2019. Os acometidos foram, predominantemente, do sexo masculino, 79%, e da faixa etária de 20 a 29 anos, 22,5%, enquanto as demais faixas apresentaram frequências entre 17,5%, de 30 a 39 anos, e 1,6%, menores de 1 ano. CONCLUSÃO: O traumatismo intracraniano configura-se como um trauma decorrente de causas externas com efeitos potencialmente graves e, muitas vezes, irreversíveis no sistema nervoso dos acometidos. Tal panorama de internações observado a partir da análise revela que a região Nordeste apresentou um declínio pouco expressivo nos últimos três anos, assim como uma distribuição concentrada de casos em alguns estados. Diante disso e do perfil epidemiológico dos internados, nota-se a necessidade de um maior investimento em políticas públicas socioeducativas e preventivas voltadas, principalmente, para os estados e para os grupos mais afetados pelo traumatismo intracraniano, visando contornar as causas externas associadas a tal trauma e, consequentemente, reduzir potenciais gastos públicos com as internações.