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------------------ Análise Epidemiológica das Internações no SUS por Traumatismo em Ciclistas Acidentados no Brasil, por Região, em 2019
Estudo Original
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OBJETIVO: Analisar e comparar, por região do Brasil, número, custo, tempo de permanência, causas e taxa de mortalidade de internações no Sistema Único de Saúde (SUS) por traumatismo em ciclistas acidentados em 2019. MÉTODOS: Estudo de caráter quantitativo, transversal e retrospectivo. As informações foram coletadas no Sistema de Informações Hospitalares do SUS, pela plataforma DATASUS. Foram selecionadas as categorias de doenças CID-10 de V-10 até V-19. RESULTADOS: Foram registradas 13.154 internações de ciclistas acidentados com traumatismo no SUS em 2019 no país, ou seja, uma média de 36 por dia. O maior número ocorreu no Sudeste, com 6.880 internações, seguido de Nordeste (2.294), Sul (1.671), Centro-oeste (1.637) e Norte (672). O valor total dessas internações para o sistema foi de R$ 16.845.584,17, com custo médio unitário nacional de R$ 1.280,64. Regionalmente, esse custo médio variou de R$ 930,81, no Norte, a R$ 1.659,79, no Sul. A região Norte registrou a maior média de permanência (8,5 dias) e também a maior taxa de mortalidade (3,13% dos internados). A menor média de permanência ocorreu no Sul (4,9 dias), apesar do elevado custo médio da internação. A região Nordeste registrou a menor taxa de mortalidade (1,66%). A principal causa de internação foi acidente sem colisão (2.955 registros), seguida de colisão com automóvel, “pick-up” ou caminhonete (818), colisão com veículo a motor de 2 ou 3 rodas (625) e colisão com objeto fixo ou parado (432). CONCLUSÕES: Houve discrepância regional tanto no tempo médio de internação por traumatismo de ciclistas acidentados quanto na taxa de mortalidade. Além disso, o alto custo médio da internação por esse tipo de agravo no Sul – o maior do país – não impediu que essa região registrasse a segunda maior taxa de mortalidade no Brasil (2,39% dos pacientes internados). Não houve diferenças regionais estatisticamente relevantes quanto às causas de internação.