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------------------ Cirurgia fetal ou pós-natal no tratamento de mielomeningocele: Revisão de literatura
Revisão de Literatura
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OBJETIVO:Esse estudo objetiva-se de reunir informações de bibliografias que abordam resultados de cirurgia fetal de mielomeningocele e de cirurgia pós-natal, a fim de analisar a melhor técnica e os impactos de tais intervenções.MÉTODOS:Foram coletadas em maio a julho de 2020 informações no banco de dados PubMed e ScieLO e incluídos 24 artigos originais, indexados pelos descritores pesquisados em DECs/MeSH: "Mielomeningocele","Cirurgias Fetais" e "Anormalidades Congênitas",para produção de revisão integrativa. Como critérios de exclusão foram utilizadas gestantes com idade gestacional de 26 semanas ou superior e fetos com cariótipos de padrão normal, ao final, foram selecionados apenas 12 estudos.RESULTADOS:Foram analisados 12 estudos que avaliam as vantagens e desvantagens entre cirurgia intrauterina aberta e cirurgia pós natal para tratamento de mielomeningocele. Na literatura pesquisada, em torno de 350 pacientes foram selecionados e divididos em dois grupos. Os resultados analisados sugerem que o grupo que realizou cirurgia pré-natal teve redução na necessidade de colocação de shunt ventriculoperitoneal (46% em relação à taxa de 84%), redução de mortalidade e reversão de hérnia do cérebro posterior. As porcentagens de crianças que foram capazes de andar de forma independente aos 3 anos de idade foi 42% no grupo de cirurgia pré-natal e 21% no grupo pós-natal. Contudo, o grupo de cirurgia pré-natal apresentou taxas maiores em complicações maternas e fetais, como prematuridade ao nascimento, ruptura espontânea da membrana, oligodramnia e aumento do risco de sangramento e necessidade de transfusão materna no parto.CONCLUSÕES:O diagnóstico precoce e a realização de cirurgia fetal aberta apresentou resultados mais favoráveis para a criança, principalmente na função motora, mesmo associada a riscos superiores de complicações maternas e fetais. O estudo tem como limitação desconhecer se os dados analisados podem ser generalizados para toda população com mielomeningocele.