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------------------ Transplante na Doença Hepática Alcoólica: Uma Revisão de Literatura
Revisão de Literatura
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OBJETIVO: avaliar resultados de transplantes de fígado na doença hepática alcoólica (ALD) comparando com transplantes por outras etiologias em relação ao aumento da sobrevida e fatores de risco após transplante. MÉTODOS: coletou-se de maio a junho de 2020 informações no banco de dados do PubMed de 20 pacientes com ALD transplantados num período de 10 anos. Foram incluídos 15 artigos originais, indexados pelos descritores MeSH/DeCS: “transplante hepático” e “doença hepática alcoólica” dos quais 9 foram rejeitados pelo critério de exclusão de pacientes sem acompanhamento pós-operatório. RESULTADOS: a partir da análise dos transplantados detectou-se a alta prevalência do sexo masculino (95%) com média de idade de 50 anos. Desses, 75% apresentavam disfunção hepática grave classe C (classificação Child-Pugh modificada) sendo 30% associada a hepatite viral e 5% ao hepatocarcinoma. A sobrevida da doença hepática sem transplante é de 45% em 1 ano e 30% em 3 anos, sendo após transplante obtidos números de 75% e 50% respectivamente. As recidivas ao uso abusivo do álcool ocorreram em cerca de 20% dos pacientes (5,6%/ano) gerando danos ao fígado e reduzindo a sobrevida, além do aumento do risco de morte por doença cardiovascular e malignidades após uso de tabaco. Ademais, ocorreram 45% de rejeições, sendo 40% agudas e 5% crônicas e outras complicações como infecções (45%) e trombose da artéria hepática (15%). CONCLUSÕES: após analisar as bibliografias notou-se equivalência de sobrevida em transplantados por ALD e por outras etiologias, sendo o principal fator de risco após transplante o abuso de álcool e tabaco. Assim, é necessário formular uma abordagem com terapias que identifiquem os fatores de risco e fortaleçam o sistema de apoio social dos pacientes auxiliando no controle desses vícios.