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------------------ Uso de Antibioticoterapia Profilática na Prevenção de Complicação Perineal Pós-parto Vaginal Operatório: Uma Revisão de Literatura
Revisão de Literatura
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OBJETIVOS: Avaliar o uso de antibioticoterapia profilática (ATBP) na prevenção de complicação perineal pós-parto vaginal operatório. MÉTODOS: Foram analisados estudos controlados e randomizados dos últimos 15 anos, em humanos, na base de dados MedLine, Cochrane e BVS. Os descritores utilizados foram: “Prevention”; “Postpartum”; “Antibiotic”; “Perineal Complication”; “Vaginal Birth”. RESULTADOS: Foram identificados 8 artigos, ao aplicar os critérios de inclusão citados, foram encontrados 4 artigos, os quais foram eleitos para elegibilidade. Foram excluídos estudos que a descrição dos métodos fosse mal definida e aqueles que suas pesquisas não contemplavam o objetivo dessa pesquisa. A partir dos critérios inclusivos e exclusivos, dois estudos foram selecionados para compor essa revisão de literatura. O primeiro estudo avaliou uma amostra de 3225 pacientes. Após follow-up de dois anos, observou-se que nas 6 semanas pós-parto, a proporção de mulheres com infecção perineal, dor perineal e necessidade de cuidados perineais adicionais foram significativamente menores entre as mulheres alocadas no grupo da ATBP em comparação ao grupo controle (4% vs 8%; RR= 0,53, IC 95% 0,37-0,75; P < 0,0001). Ainda, mulheres que receberam ATBP tiveram menos infecção confirmada ou suspeita em relação ao grupo controle (11% vs 19%; RR= 0,58; IC 95% 0,49-0,79; p <0,0001). O segundo estudo analisado investigou 107 pacientes, por um follow-up de três anos. Pacientes que receberam ATBP apresentaram redução significativa de ferida perineal quando comparados ao grupo controle (8,2% vs 24,1%, P=0,037). Ainda, houve redução significativa na eliminação de secreção perineal em pacientes que fizeram uso da ATBP em comparação ao grupo controle (4% vs 17%, P=0,036). CONCLUSÃO: Embora mais estudos sejam necessários, sugere-se que a ATBP pós-parto vaginal operatório reduz complicações perineais. Logo, mais estudos devem ser feitos para que essa prática obstétrica possa ser levada em consideração.