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------------------ Perfil Epidemiológico das Cirurgias de Transplante no Ano de 2019
Estudo Original
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OBJETIVO: Estudar a prevalência das cirurgias de transplante mais recorrentes no Brasil no ano de 2019. MÉTODO: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo retrospectivo, do tipo quantitativo, cuja coleta de dados foi por meio do Registro Brasileiro de Transplante, publicado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). RESULTADOS: No ano de 2019 a recuperação da taxa de doadores e de transplante ocorreu no último trimestre. A taxa de doadores efetivos ampliou 6,5% no ano, atingindo 18,1 por milhão de população (pmp), 10,5%, abaixo dos 20 pmp previstos em 2016. Entretanto houve crescimento de 7,1% na taxa de autorização familiar, que, pela primeira vez, atingiu 60%. Nos últimos cinco anos, aumentou de 62,5% a taxa de doadores falecidos com idade > 65 anos. As unidades federativas com as maiores taxas de notificação de potenciais doadores são DF (106,6) e PR (102,7). Os órgãos mais transplantados no país foram respectivamente: córnea, rim, fígado, coração, pulmão e pâncreas. CONCLUSÃO: Segundo a ABTO, em 2019 houve um aumento de 1,1 pmp de doadores efetivos no Brasil em relação a 2018. Entretanto a situação ainda é alarmante, principalmente na região Norte, onde entre 2012 e 2019, enquanto o Brasil apresentou crescimento de 41% na taxa de doadores efetivos, esta não teve progresso, mantendo-se com 3,7 doadores pmp, taxa cinco vezes menor que a do Brasil. Segundo o estudo, a principal causa seria a negativa familiar em casos de transplante renal com doador falecido, pois nesse período ocorreu queda de 44% de doadores na região. Dessa forma, é fundamental medidas mais efetivas de conscientização da população brasileira quanto a doação de órgãos.