Início > I Congresso de Trauma Vascular > Trabalhos Aprovados > Trabalho
------------------ Desenluvamento de Membros: do Trauma Vascular à Cirurgia Reparadora - Revisão de Literatura
Revisão de Literatura
Ver autores ⯆
OBJETIVO: Analisar os principais procedimentos cirúrgicos reconstrutivos do trauma por desenluvamento. MÉTODOS: Análise de publicações em Inglês, dos últimos 10 anos, tendo como referência a base de dados MedLine. A busca fundamentou-se em consulta ao MeSH, utilizando os descritores: Plastic Surgery; Degloving; Avulsion; Trauma. RESULTADOS: Identificou-se 35 artigos e, aplicando os critérios de inclusão, foram encontrados 12 estudos; 7 foram excluídos por não contemplarem o objetivo da pesquisa e 5 foram incluídos no escopo desta revisão literária. O desenluvamento é um trauma por avulsão de pele e tecidos subcutâneos subjacentes à fáscia, no qual as conexões de vasos perfurantes são desfeitas. Dois estudos preconizaram o reposicionamento direto dos retalhos avulsionados, sem retirada de tecido celular subcutâneo. O objetivo é aumentar a viabilidade da microcirculação local. Todavia, é comum a ocorrência de necrose tecidual, acarretando em novas intervenções cirúrgicas. Outros dois trabalhos priorizaram a retirada de tecido gorduroso dos retalhos avulsionados e o seu reposicionamento como um enxerto cutâneo parcial ou total (melhor resultado estético). As desvantagens são o prolongamento do tempo de internação e possíveis sacrifícios de estruturas viáveis para a regeneração da ferida. Um outro artigo indica ainda a matriz de regeneração dérmica após a fase de granulação e acredita-se que ela seja responsável pela redução das infecções e da estadia hospitalar do paciente. Em contrapartida, ressaltam-se os altos custos e a necessidade de um procedimento de duas etapas. Como práticas complementares, existem ainda terapias com pressão negativa, oxigenoterapia hiperbárica e tratamentos farmacológicos. CONCLUSÕES: Sugere-se a necessidade de mais estudos acerca dessas intervenções devido a uma incompatibilidade de padronização terapêutica. Ressalta-se a importância de cirurgiões plásticos e do trauma capacitados para a melhor adequação do tratamento para cada paciente.