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------------------ Cirurgia Corretiva de Fratura Femural Pós traumática com fratura perimplante associada
Relato/Série de Casos
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INTRODUÇÃO:A fratura de fêmur, especialmente de diáfise, é uma das lesões mais importantes na prática de Traumatologia. Geralmente são associadas a alta mortalidade e morbidade, especialmente decorrente da grande quantidade de complicações, como o sequestro sanguíneo. Sua gravidade varia de acordo com a energia aplicada para ocorrência no trauma, que pode ser de alta ou baixa energia, bem como sua localização no osso. Quando diafisária, sua prevalência é superior em homens, com pico de 15 a 29 anos e grande relação com acidentes automobilísticos. O diagnóstico é feito associando clínica e exames radiográficos em anteroposterior e perfil, útil também para verificar desvios. O tratamento padrão ouro é a cirurgia, com possibilidade de ocorrer fraturas adjacentes em alguns casos.
RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 35 anos de idade, sem demais comorbidades, sofreu fratura diafisária e transtrocantérica de fêmur esquerdo decorrente de acidente de motocicleta. Foi admitido em outro serviço de atendimento à cirurgia corretora, na qual foram utilizadas placa de compressão dinâmica (DCP) e dynamic Hip Scholl (DHS). Após dois meses, sofreu um novo acidente de motocicleta e em seu exame radiológico pôde-se observar fratura perimplante diafisária, devido à má implantação no processo cirúrgico anterior. Foi submetido a outra cirurgia para correção de fratura, na qual foi retirada a placa DCP, realizada curetagem e aposição de enxerto esponjoso da crista ilíaca, além de colocação de haste retrógrada para que a fixação fosse eficiente e com menor risco de demais fraturas.
COMENTÁRIOS: A fratura diafisária de fêmur, especialmente quando em adultos, tem grande impacto na qualidade de vida e possibilidade de óbito, sendo necessário o acompanhamento do paciente posteriormente. Devido ao risco de complicações, como Tromboembolismo Pulmonar e fraturas como a do caso, além de reavaliação cirúrgica, o paciente deve ter tempo de internação diminuído.