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------------------ Estudo Sobre Doses e Vias de Administração de Ocitocina para Prevenir Hemorragias Pós-Parto: Uma Revisão de Literatura
Revisão de Literatura
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OBJETIVO: Comparar a eficácia da ocitocina (OT) em suas diferentes doses e vias de administração para prevenção de hemorragia pós-parto por meio desta revisão integrativa. MÉTODOS: Efetuou-se uma análise de publicações indexadas na base de dados PUBMED, para formulação desta revisão integrativa, no qual foram excluídas todas que não se adequavam aos seguintes critérios de inclusão: Ensaios Clínicos Randomizados, publicados em Inglês, nos últimos 5 anos, em humanos. A busca fundamentou-se em consulta ao MeSH, utilizando os descritores “postpartum hemorrhage” e “oxytocin”. RESULTADOS: Identificaram-se 333 artigos a partir dos descritores da pesquisa. Ao aplicar os critérios de inclusão foram encontrados 28 artigos, os quais se tornaram elegíveis. Desses, 19 foram excluídos, pois suas pesquisas não contemplavam o objetivo do estudo e 9 foram incluídos no escopo dessa revisão de literatura. Revelou-se que a aplicação de OT intravenosa (IV) de 10 unidades em 2 a 4 horas é tão eficaz quanto a infusão de 30 unidades em 8 a 12 horas. Outrossim, a taxa de hemorragia pós parto (HPP), o tempo de contração uterina e de hipotonia não foram diferentes quando comparados a infusão IV de 2.5 u/hr e 15 u/hr. Vale ressaltar que altas doses de OT aumentam o risco de efeitos adversos, o que deveria ser evitado. Ademais, a incidência de HPP severa, a necessidade de transfusão sanguínea, o risco de perda sanguínea pós-parto (≥500 ml), a necessidade de administração de outros uterotônicos e de internação em UTI foram reduzidas quando utilizada administração IV, ao ser comparada a IM. Dessa maneira, a conduta de infusão IV e baixa dose mostra-se mais benéfica. CONCLUSÕES: Portanto, pela menor incidência de HPP severa, menor risco de perda sanguínea pós-parto (≥500 ml) e menor necessidade de utilizar outros uterotônicos, a infusão IV revela-se como melhor via de administração. Constatou-se, também, redução de efeitos adversos na infusão IV em menores doses, o que favorece essa conduta.