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------------------ Prevalência da Cirurgia de Transplante de Fígado no Brasil entre 2010 e março de 2020.
Estudo Original
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OBJETIVOS: Analisar quantitativamente a prevalência das cirurgias de transplante de fígado no Brasil entre 2010 e março de 2020. MÉTODOS: Observação epidemiológica descritiva retrospectiva, de relação quantitativa, essa coleta foi feita através do Registro Brasileiro de Transplante, publicado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). RESULTADOS: No período da amostra foram realizados um total de 18.860 transplantes de fígado. Observa-se ainda um crescente número de transplantes realizados no Brasil, tornando o país, em 2019, o segundo maior centro de cirurgias nessa área. Essa realidade pode ser evidenciada na região Sul, que apresenta a maior taxa de transplante de fígado do país. É notório que a maioria dessas cirurgias é oriunda de um doador que tenha falecido por morte encefálica, correspondendo a 94% dos casos. No entanto, devido à facilidade da regeneração desse órgão é possível realizar cirurgias com apenas uma parte do fígado de um doador ainda vivo, sendo esse tipo de doação realizada em 4% dos casos. Levando em consideração apenas o período de janeiro a março de 2020, foram transplantados 604 fígados, tendo um acréscimo grande comparado ao ano anterior. Mas, mesmo que tenha existido uma evolução, a quantidade baixa desse tipo de cirurgia não aguenta a demanda da lista de espera, que possuiu nesse período 1.105 pessoas. CONCLUSÃO: Conforme a pesquisa, mesmo que pacientes precisem fazer transplante de fígado por conta de cirrose, causada principalmente devido ao alcoolismo, o paciente não pode entrar na lista de espera pra o transplante a menos que tenha ficado sem consumir bebida alcoólica ou drogas por no mínimo 6 meses, uma vez que é necessário a certeza de que aquele paciente não voltará aos antigos hábitos, já que ele vai ter que tomar medicamentos imunossupressores que facilitam a aceitação do órgão pelo corpo. Sendo assim, a soma do consumo de álcool ou drogas iria deixar o fígado mais debilitado.