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------------------ Leiomioma uterino e sua relação com sangramento puerperal primário: Revisão Integrativa
Revisão de Literatura
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OBJETIVO: Descrever a relação entre o leiomioma uterino, a inércia uterina e o sangramento puerperal primário. MÉTODOS: Realizou-se uma revisão integrativa com busca nas bases de dados PubMed, Science Direct e BVS, utilizando os descritores leiomyoma, pospartum hemorrhage e uterine inertia, encontrando respectivamente 1, 11 e 2 artigos, após aplicação do critério de inclusão de publicações entre 2015 e 2020, foi realizado a leitura de todos os títulos e resumos, ao final foram incluídos 4 artigos, nos idiomas inglês ou português, disponíveis completo e online. Foram excluídos os editoriais e artigos que não atendem critérios de inclusão. RESULTADOS: Os leiomiomas uterinos possuem alta taxa de prevalência, afetando grande parte das mulheres em idade reprodutiva. No tocante aos desfechos obstétricos negativos, os leiomiomas aumentam a taxa de abortos não provocados e podem inércia uterina. A depender de fatores como volume e localização, ele pode dificultar a contração e a retração uterina no pós-parto, causando hemorragia. É importante entender que hemorragia pós-parto, ou sangramento puerperal primário, compreende a perda sanguínea > 500 mL após a expulsão do concepto nas primeiras 24 horas, sendo mais preocupante as perdas > 1.000 mL por apresentarem maiores repercussões que podem causar instabilidade hemodinâmica. Dessa forma, a inércia uterina, principal causa de hemorragia pós-parto, pode levar à necessidade de tratamento clínico com medicação uterotônica, e nos casos mais graves, ao tratamento cirúrgico. CONCLUSÕES: O tamanho e localização do leiomioma está associado ao sangramento puerperal primário, logo faz-se necessária a identificação detalhada de leiomiomas durante o pré-natal, devendo ser feita entre 4 e 6 semanas de gestação através da ultrassonografia.