Início > I Congresso de Trauma Vascular > Trabalhos Aprovados > Trabalho
------------------ Complicações da intubação Orotraqueal: uma revisão integrativa
Revisão de Literatura
Ver autores ⯆
OBJETIVO: Detectar, na literatura, as causas e tipos de complicações decorrentes da intubação orotraqueal (IOT). MÉTODOS: Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados Scielo, Medline e Lilacs. Estão inclusos neste estudo 18 artigos, somente os publicados na íntegra, pertencentes a revistas de alto impacto científico, que abordam assuntos específicos de acordo com os descritores: intubação orotratraqueal; complicações pós-operatórias; ferimentos e lesões. RESULTADOS: A IOT é um procedimento indicado em situações em que é preciso manter a via área (VA) acessível e permeável para a manutenção da ventilação pulmonar, de caráter eletivo ou emergencial. As principais indicações na emergência são: parada cardiorrespiratória (PC); insuficiência respiratória; hipoventilação; choque; coma e politraumatismo. Também é indicada para administração de medicamentos, como surfactante. Por ser um procedimento invasivo, pode causar lesões cutâneo-mucosas como: exodontia; avulsão das pregas vocais; laceração da traqueia e da epiglote; hematomas; traqueíte; necrose e estenose traqueal. Entre as complicações estão intubação esofágica, que pode levar à hipoxemia, hipercapnia e morte; intubação seletiva, resultando em atelectasia do pulmão não-ventilado ou barotrauma; trauma de VAs superiores, da coluna cervical e dos dentes e arritmias cardíacas. Os fatores desencadeantes dessas complicações são variáveis, compreendendo mau posicionamento e fixação do tubo orotraqueal (TOT), falta de higiene e de proteção contra o atrito, tamanho inadequado do TOT, hiperinsuflação do balonete, movimentação brusca do TOT e intubação esofágica. CONCLUSÕES: Os traumas decorrentes da IOT ocorrem mais na emergência, pois nesse âmbito tem que ser realizada rapidamente, predispondo traumas graves. É imprescindível, portanto, que a segurança do paciente seja prioridade na sua realização, por profissionais que conheçam as técnicas de intubação e as causas de traumas nos pacientes submetidos à IOT.