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------------------ Perfil epidemiológico de cirurgias para correção de lesões vasculares abdominais no Brasil
Estudo Original
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OBJETIVO: Esta pesquisa objetiva analisar o perfil epidemiológico de cirurgias realizadas para correção de lesões vasculares traumáticas do abdome no Brasil, nos últimos cinco anos. MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal realizado a partir da coleta de dados da plataforma DATASUS/Procedimentos Hospitalares (SIH/SUS), no qual se buscaram analisar o número de internações, óbitos e média de permanência hospitalar entre 2015 a 2019, decorrentes do tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas do abdome no Brasil. Além disso, foram selecionados 5 artigos para análise, a partir de busca nas bases de dados PubMed e Scielo. RESULTADOS: No período analisado, foram realizadas 1.969 internações para tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas abdominais, sendo o maior número registrado no ano de 2015 (460). Dessas, a maioria ocorreu na região Sudeste, representando 28,24% do total no Brasil e a menor parte na região Centro-Oeste (8,53%). O estado com o maior número de internações foi São Paulo, correspondendo a 247 casos (12,54% do total nacional). A média de permanência hospitalar no Brasil foi de 5,9 dias, sendo Rio de Janeiro o estado com o maior índice (14,6 dias). O total de óbitos no período analisado foi 438, sendo a região Nordeste responsável por 142 deles (32,42%). A maior parte dos óbitos ocorreu no ano de 2016 (114), e Pernambuco registrou a maior parte deles, correspondendo a 33,8% (48) do total no Brasil. CONCLUSÃO: A maior parte das internações está concentrada na região Sudeste, enquanto a mortalidade apresentou-se maior na região Nordeste. O trauma vascular abdominal é uma condição de incidência relativamente baixa, mas que pode gerar repercussões significativas na saúde pública em virtude de sua mortalidade significativa. Diante desse cenário, são necessários manejo e avaliação adequados em pacientes com trauma ou lesão vascular abdominal, visando redução de danos e melhora na qualidade de vida dos doentes.