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------------------ Frequência Das Lesões Vasculares Tratadas Cirurgicamente No Âmbito Do Sistema Único De Saúde Antes E Durante O Período Da Pandemia Da COVID-19.
Estudo Original
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OBJETIVO: Comparar a frequência das lesões vasculares tratadas cirurgicamente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) antes e durante o período da pandemia da COVID-19. MÉTODOS: Delineamos uma análise secundária de dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e utilizamos todos os dados relacionados ao tratamento cirúrgico de lesões vasculares disponíveis. Obtivemos os dados de março, abril e maio dos anos de 2017 à 2019 (pré-pandemia) e comparamos aos meses equivalentes de 2020 (pandemia), para evitar influência da sazonalidade. As variáveis analisadas foram o tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas da região cervical, membros inferiores bilateral e unilateral, membros superiores (MMSS) bilateral e unilateral e abdome. A análise estatística empregada foi descritiva para as frequências simples, teste qui quadrado bicaudal com correção de Yates e 1 grau de liberdade para os dados do Brasil e teste exato de Fisher bicaudal para os dados do subgrupo Bahia, considerando-se nível de significância de 5%. RESULTADOS: Os dados de trauma vascular totalizaram 4536 ocorrências nos quatro trimestres avaliados com média trimestral de 1134 casos/ano no Brasil. A Bahia contabilizou 306 (6,75%) com ocorrência média de 76,5 traumas vasculares/trimestre. A ocorrência de traumas vasculares cervicais na Bahia no ano de 2020 (25/75) foi superior ao ano de 2019 (7/72) com p 0,006 sendo significante estatisticamente. As lesões vasculares bilaterais em MMSS em 2020 foram (19/1032) e em 2019 (7/1098) com valor de p 0,0198. As medidas de restrição de fluxo de pessoas adotadas na pandemia aparentemente não repercutiram na redução da frequência das lesões vasculares, verificando-se aumento discreto na ocorrência destas. CONCLUSÃO: A frequência das lesões vasculares tratadas cirurgicamente no âmbito do SUS antes e durante o período da pandemia foi maior em duas das seis categorias avaliadas.