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------------------ Tendências epidemiológicas observadas no tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas de membros superiores no Brasil
Estudo Original
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OBJETIVO: Descrever a epidemiologia do tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas de membro superior bilateral no Brasil. MÉTODOS: Estudo epidemiológico, descritivo e observacional com dados extraídos do DATASUS no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2019. Foram analisados número de internações, média de permanência e taxa de mortalidade do tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas de membros superiores por macrorregião do Brasil. RESULTADOS: No período analisado, houve 1012 internações hospitalares por tratamento cirúrgico de lesões vasculares traumáticas de membros superiores no Brasil. A região Sudeste (n=356) registrou o maior número desse procedimento, seguido pela região Nordeste (n=303), Sul(n=145), Norte (n=114), Centro-Oeste (n=94). Dentro do período, houve redução de 67% do primeiro ano analisado para o último no Brasil. A média de permanência hospitalar total foi de 4,6 dias nesses 11 anos, sendo que as regiões Norte e Nordeste foram responsáveis pelas maiores médias- 5,5 e 5 dias respectivamente; e as regiões Sul e Centro-Oeste com as menores médias- 4,3 e 4 dias. Houve um aumento de 21% comparando as médias totais de permanência de 2009 e 2019. Um aumento também foi observado nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste; com a região Norte tendo um aumento mais expressivo de 77%. Já as regiões Sul e Centro-Oeste tiveram ambas um decréscimo de 36%. Em relação a taxa de mortalidade no período analisado o Brasil teve em média 4,05% de óbitos. As médias finais mais elevadas foram das regiões Nordeste e Sul- 5,94% e 4,83% respectivamente e as menores das regiões Norte e Sudeste- 2,63% e 2,81% respectivamente. Comparando o primeiro e o último ano analisados o Brasil obteve um aumento expressivo de 134% na taxa de mortalidade. CONCLUSÃO: O presente estudo permitiu identificar aumento na taxa de mortalidade, aumento da média de permanência hospitalar e redução de número de internações em 2019 comparado a 2009 no contexto do Brasil.