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------------------ Trauma vascular do segmento torácico da aorta: uma revisão narrativa
Revisão de Literatura
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OBJETIVO: O trabalho objetivou reunir informações disponíveis acerca do trauma de aorta torácica. MÉTODO: Utilizou-se a revisão bibliográfica sistemática. Esta foi realizada em dois livros base em trauma e cirurgia vascular e nas bases de dados Scielo, PUBMED, Clinical Key e em revistas da área de cirurgia vascular, com os descritores: aorta, trauma torácico e trauma vascular, encontrando um total de 440 trabalhos. Os critérios de inclusão foram artigos que abordassem sua epidemiologia, etiologia, diagnóstico, tratamento e complicações. Foram excluídos os publicados anteriormente a 2015, totalizando 24 trabalhos, analisados como sendo os de maior relevância. RESULTADOS: A prevalência desta lesão é maior em jovens do sexo masculino. A região anatômica mais acometida é o istmo aórtico, seguida da aorta torácica ascendente. O trauma de aorta pode ser penetrante, contundente (compressão, aceleração, ou desaceleração brusca) e pode ser misto. Tem taxa de mortalidade de 80%, sobrevivência de 20%, e destes, 5% desenvolvem complicações. O diagnóstico é realizado com base em um alto índice de suspeição em todo politraumatizado com trauma torácico e em estudos de imagem individualizados pela condição clínica do paciente. O tratamento de eleição é o reparo endovascular devido à instabilidade hemodinâmica do paciente, presente na maioria dos casos. CONCLUSÃO: Considerando a condição clínica do paciente, é importante uma abordagem multidisciplinar e em centros especializados, métodos sistematizados de condutas, além da experiência da equipe de urgência, a fim de amenizar complicações como paraplegia ou insuficiência renal. Como a apresentação clínica do trauma de aorta é pouco específica e tem alta mortalidade, é imprescindível o diagnóstico e tratamento precoce, com auxílio de exames de imagem para definição de conduta. Por fim, são necessárias medidas públicas que previnam a ocorrência de acidentes automobilísticos, que são a principal etiologia do trauma da aorta torácica.