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------------------ Análise Retrospectiva das Internações por Traumatismo Cranioencefálico decorrente de acidente de trânsito no Brasil
Estudo Original
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OBJETIVO: Analisar os dados notificados de internações por traumatismo cranioencefálico decorrente de acidente de trânsito no Brasil. MÉTODOS: Estudo ecológico descritivo quantitativo, com avaliação retrospectiva de dados disponíveis no Departamento de Informática do SUS (DATASUS/TABNET) do Ministério da Saúde, sobre as internações por traumatismo cranioencefálico causados por acidente de trânsito em todo o território nacional entre os anos de 2010 e 2019. Os dados coletados foram analisados de acordo com as variáveis: região, ano de processamento e faixa etária. RESULTADOS: Durante o período analisado, foram realizadas 71.041 internações de traumatismo cranioencefálico decorrente de acidente de trânsito no país. A região Nordeste foi a que apresentou a maior incidência, com 30.706 internações (43,22% do total), seguida pelo Sudeste, com 25.557 internações (35,98%), pelo Sul, com 7.211 internações (10,15%), pelo Norte, com 3.945 internações (5,55%) e, pela região Centro-Oeste, que apresenta os menores índices, com 3.622 internações (5,10%). Em todo o Brasil, em 2010, houve 8.310 notificações e, em 2019, 4.734 internações, o que representa uma significativa redução de 43,03% das hospitalizações entre o início e o final da década. Em relação à faixa etária, a maior incidência de hospitalizações está entre 20 e 29 anos, com 19.200 notificações, seguida pela faixa entre 30 e 39 anos, com 13.133 internações. CONCLUSÕES: O traumatismo cranioencefálico é uma das principais causas de invalidez laboral e de mortes decorrentes de acidente de trânsito. No Brasil, afeta, principalmente, jovens e adultos em idade produtiva e de regiões mais urbanizadas. O estudo permitiu analisar que, apesar da redução dos casos notificados na década, os números continuam alarmantes. Dessa forma, é crucial a adoção de medidas socioeducativas e preventivas para minimizar os casos do traumatismo cranioencefálico decorrentes de acidente de trânsito, um grave problema de saúde pública no Brasil.